Há uma paz imensa que se solta desta inquieta vontade de chegar…
Há
uma paz imensa que se solta desta inquieta vontade de chegar…
Contradição
do amor; tal qual este tanto gostar de mim mesmo que cresce à medida que descubro
que te amo assim tão infinitamente, e penso em ti muito mais do que o faço em
relação a tudo aquilo que existe em mim… ou ao redor de mim.
E
a pressa de chegar…
Rogo
às ruas que me encurtem a distância, ao tempo que me empurre pela tarde e à
vontade que me vista asas e eu possa voar para ti.
Como
um pássaro destemido.
Por
entre a paz.
Eu
sei que me espera aquele abraço, quando os nossos olhares já contaram os
segredos todos no breve calor de cinco segundos e quando a história e os
detalhes da pressa de chegar já se apagaram algures nos corredores do gélido
panteão da memória.
Não
me falta nada.
Sou
eu finalmente.
A
vida mima-me como se cada dia fosse um doce pedaço de Torrão de Alicante
retirado de uma caixa de madeira comprada por aí.
Caminhamos
os dois lado a lado pelas curvas e contracurvas de uma conversa que jamais terá
fim.
As
palavras nascem de nós e falam de amor.
Eu
olho-te discretamente enquanto caminhamos e pela tua perfeição descubro-me o
homem mais feliz do universo.
Contradição
do amor.
Sou
eu finalmente.
Por
entre a paz.
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