QUINTA-FEIRA
Já
hoje é Quinta-feira e ainda descubro entre os dedos muitos dos beijos da tua
pele na magia do nosso domingo à tarde.
As
mãos imitam-me o pensamento, essa morada das tuas muitas palavras que vão
espreitando à janela no decurso das horas.
E
o meu pensamento leu-te em tudo; nos lábios, na poesia que transpareceu do teu
olhar e até nos silêncios de onde emerge sempre a paz que respiras e expiras...
um canto perfeito.
O
eléctrico subiu a colina por entre as casas de portas garridas e sardinheiras à
janela. Tu ias sentado à minha frente.
Quando
de repente, o dobrar de uma esquina cumpriu o sonho do sol e ele te iluminou a
face, recordo-me de pensar nesse instante que ser feliz não pode ser mais nada
para além de ti.
E
guardei então mais um milhão de palavras tuas no pensamento.
Palavras
eternas que mesmo que espreitem e se debrucem à janela viverão sempre comigo de
domingo a Quinta-feira, de domingo e até todos os dias...
Queira
o futuro ou não queira.
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