O meu amor…
O
meu amor mora entre os teus braços naquele exíguo espaço definido pelo eterno
impulso de fundir o meu com o teu respirar…
O
meu amor tem o aroma das palavras que se soltam entre as memórias do rosmaninho
e dos juncos que colhemos nas tardes passadas à sombra das glicínias…
O
meu amor tem os contornos perfeitos desenhados pelos nossos passos entrelaçados
sempre que saímos juntos para namorar pelas ruas e calçadas de Lisboa…
O
meu amor é da cor do Tejo naquele tom azul com que o incendeias ao sorrir, por bênção
do teu olhar…
O
meu amor tem o sabor doce dos beijos que colhemos da noite e de todos os instantes
passados com a cumplicidade do luar…
O
meu amor tem o toque suave da tua pele, da infinita festa que nasce do impulso
de carícias a que se entregam os nossos dedos…
O
meu amor não é longe, não é perto, não é tarde, não é cedo… o meu amor é o
tempo todo no espaço perfeito e infinito da eternidade…
O
meu amor é o côncavo e o convexo, o par e o ímpar, o branco e o preto, o sonho
e a realidade, a esquerda e a direita, o sim e o não, o estio e a neve, a noite
e a aurora, o tudo e o vazio, a frente e o reverso…
O
meu amor é a música nascida das manhãs de onde se solta a poesia… mas o meu
amor é também o silêncio onde o pensamento se permite ousar soletrar todas as
palavras…
O
meu amor tem os detalhes todos dos sonhos com que nos permitimos arquitectar
juntos o futuro…
O
meu amor…
És
tu…
E
terá sempre o teu nome.
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