Um beijo e essa casa que faz nossas todas as estrelas que brilham na noite em que o luar generoso não se cansa de nos alumiar
Na
história de todos os nós, há instantes que rasgam socalcos, degraus gigantes de
uma escada informal e inesperada que nos permite chegar ao cimo da mais alta
montanha, aquela que tantas vezes e de longe apelidámos de impossível.
Socalcos
como canteiros generosos enfeitados de flores, cores e aromas, para que a subida
seja toda ela um prefácio da festa maior de chegar ao topo.
E
há fontes de onde jorram palavras, tal qual água fresca para o alento de jamais
sequer pensar voltar atrás.
E
há o teu corpo como um perfeito bordão.
E
há lençóis tecidos de abraços, como relva à sombra de árvores de folhas
generosas onde podemos descansar e nem sequer temer algum tropeção maior que
nos perturbe o caminho.
Na
história de todos nós…
Haverá
um abraço inesperado como o nosso na timidez de uma tarde entre palavras
escritas, um instante apenas e de quase primavera de onde nasceu a rota feita
de socalcos por onde sigo pelos dias, e contigo, montanha acima.
A
alegria de nunca me sentir só.
A
ousadia.
A
paixão certa mas tranquila.
E
de tão grande e tão doce, às vezes sabe a completa ilusão esta festa de nos
vermos chegar ao cimo… lá onde só existe céu no todo à nossa volta e em rima
com o teu olhar; e quando um beijo nos oferece a casa para ficarmos eternamente
por ali como coroados reis no mais perfeito e recorrente de todos os sonhos.
Um
beijo e essa casa que faz nossas todas as estrelas que brilham na noite em que
só luar generoso nos alumia.
Um
beijo e uma jura de amor eterno numa casa para dois que vivem como quem sonha
um só sonho.
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