A poesia é o perfume perfeito que se colhe de cada momento que vivemos intensamente pelo prazer de sermos nós
Corro
solto pelo cais entre tanta gente, e a minha liberdade é escolher as pedras do
meu caminho, desenhar o meu próprio chão.
Há
um rio que corre junto a mim, ao mesmo tempo e na perseverante busca do mar; um
rio que me entende e me oferece alento.
Há
olhares que me beijam de entre a gente, são os amigos; aqueles que se acercam e
voam comigo em tantos e tão bons pedaços da jornada.
Aqui
e ali um abraço, muitas palavras doces.
E
eu sigo sempre pela rota de mim, pelos sentidos, a fé, o desejo…
Não
me faltam nunca os nossos beijos, mesmo aqueles breves que desenhamos algures num
instante à esquina do luar.
E
quando tu dizes por entre os beijos num sussurro ao ouvido, que me amas como eu
te amo a ti, bendigo as pedras todas que escolhi pisar no chão que me trouxe até
aqui.
E
canto por entre a liberdade.
E
bendigo as madrugadas todas que te acercam a mim no mais perfeito pensamento.
Corro
solto pelo cais…
Vou
colhendo e alinhando palavras sem ter medo da insensatez atirada violentamente como
seixos aos loucos que ousam romper os protocolos.
Poeta?
Talvez…
Mas
apenas porque vivo, porque corro solto pelo tempo e não me demito de ser eu.
A
poesia é o perfume perfeito que se colhe de cada momento que vivemos intensamente pelo prazer de sermos nós.
Viva
a vida.
Viva
a poesia.
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