Deixo-me estar num instante que sonhei
Tomo e faço minha sem hesitações ao primeiro olhar, a terra verde que esconde em si o repouso do vulcão adormecido sob a paz da água das lagoas.
Chão de basalto, estrada de flores em prenúncio de primavera, o tecto céu rasgado pelo voo planado dos pássaros...
Subo ao ponto mais alto, o topo onde o mar me espreita no deleite de quem se abraça à prometida terra da espera de mil anos.
Deixo-me estar num instante que sonhei...
Entro na roda com as nuvens que aqui e ali escondem o sol, e colho das sombras o tom e a forma das histórias que um dia te irei contar nas tardes que Lisboa nos oferecer para namorar.
O fogo, as furnas, os vales e o universo escondido entre os mistérios de sete... infinitas cidades com a cor que o dia, as sombras e as árvores lhes oferecem.
Trouxe-te comigo.
Abraço-te...
Visto-me de eternidade na terra que já perdeu a conta aos mil anos que contém.
A ti e a ela, reconheci-os dos sonhos e tomei-os fazendo-os meus ao primeiro olhar.
E contigo...deixo-me estar por aqui num instante que sonhei.
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