Eu, tu e Lisboa… um caso de eternidade
Desço
um suave mas estirado degrau até ao rio, e faço desse instante o cais onde ascendo
ao lugar que a minha vontade há muito desenhou para mim.
Tu
estás ao meu lado; hoje aqui como no desenho rebelde de todos os sonhos, mesmo
os mais ousados.
E
hoje sei como te chamas, e vejo-te, toco-te, abraço-te… como quem quer
sofregamente certificar-se que a perfeição existe e passeia comigo num domingo
à tarde, e quando estou acordado.
Percorri
o mundo e o tempo todo a procurar-te, revolveria novamente o universo inteiro
se a sorte me devolvesse aos domingos de solidão passados junto ao Tejo; quando
o degrau de hoje era tão-só um banco para eu descansar, e onde o rio bebia das
minhas mágoas, provando do sal, um pouco antes de chegar até à sua inevitável condição
de mar.
Agora…
Sinto-te
tão perto que até o teu respirar me beija... e estou contigo na pátria que
sonhei e de onde sou.
A
minha vontade tomou as pedras irmãs e sem idade da cidade capital.
Eu,
tu e Lisboa… um caso de eternidade.
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