Somos os mesmos dois de sempre…
Peço a Deus que não falhe a genética, e a mão
que pouso agora sobre a tua fronte possa ter tomado benefício da pele com que
tantas vezes tatuaste indelével afecto na minha pele.
E os meus beijos que tenham herdado dos teus
o respirado toque de quem sabe dizer generosamente amor por entre a dispensa de
todas as palavras.
E o meu olhar...
Estamos os dois em silêncio...
Hoje como em tantos outros dias que foram
tecendo connosco uma história de amor.
Somos os mesmos dois de sempre, a mesma terra,
a mesma vontade, o mesmo sonho...
Mas o relógio cumpriu a inevitável sina do
tempo, temperou de cãs a minha face e pediu-me que te tomasse no colo da mesma
forma que tu um dia me ensinaste por entre o meu choro e os meus medos.
Aqui estamos os mesmos dois de sempre, e quem
toma quem ao colo é coisa que pouco importa e nunca importará entre nós.
Eu a amar-te aqui mais do que nunca... pai.
E só choro às vezes por entre a saudade de
ser menino.
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