O meu país entre o pântano e a tanga
O
Primeiro-ministro de Portugal que fez a última dobragem de século pediu a sua demissão
em 16 de Dezembro de 2001 para evitar o “pântano político”.
Aquele
que lhe sucedeu e que disse ter encontrado o país “de tanga”, suspendeu a sua
missão de salvador da pátria no dia 17 de Julho de 2004 para poder abraçar o
cargo de Presidente da Comissão Europeia e enriquecer dessa forma o que mais
lhe interessava… o curriculum.
Sucede-lhe
então um outro político que entre equívocos, trapalhadas e demissões; acaba por
motivar uma há muito esperada dissolução da Assembleia da República.
Sobe
novamente ao poder o partido do “pântano” e um novo politico com direito a dois
mandatos, o segundo dos quais, interrompido a meio no momento em que é pedido
um resgate financeiro às instituições internacionais.
Voltam
os salvadores da “tanga” mas desta vez para porem tudo a usar a dita a pretexto
do pagamento das dívidas.
Destes
dois últimos primeiros-ministros, hoje dia 3 de Março de 2015, o primeiro está
preso por suspeita de corrupção, e o segundo, actualmente no cargo, já assumiu que
durante um determinado período de tempo (algures entre o pântano e a tanga) não
fez os pagamentos à Segurança Social por lapso e desconhecimento.
Tudo
bons “rapazes”…
No
cumprimento da alternância parece ser a vez do regresso dos do pântano e para início
de conversa e para que a nossa expectativa não suba muito alto, o homem com
mais fortes possibilidades de assumir o cargo de Primeiro-ministro assumiu já
que o país está bem melhor em 2015 do que em 2011.
Pois
está…
Também
é muito possível que este potencial Primeiro-ministro assuma o cargo poucos
meses antes do homem do pântano (ou quiçá o fugitivo da tanga) ser eleito como Presidente
da República gozando do privilégio da amnésia do eleitor; por cá o principal
aliado dos agentes políticos.
E
esta é a breve história do meu país no Século XXI, uma história de misérias,
fragilidades, abandonos e demissões motivadas entre outras coisas por fugas aos
impostos e falsas licenciaturas; muito mais do que de alternativas a
sucederem-se democraticamente numa perspectiva de desenvolvimento; uma história
tecida de equívocos, mediocridade, hipocrisia e incompetência com uma factura
elevada entregue ao povo para pagamento com a dor da privação do pão e da
liberdade.
Conclusão: De um imbecil jamais nascerá um líder, e uma nação governada
por imbecis viverá sempre de tanga e imersa no viscoso mar da incompetência… leia-se
no pântano.
Comentários
Enviar um comentário