Este querer intenso com que te abriguei em mim
A
força imensa com que te desejo arquitecta recantos para onde eu vou namorar
contigo…
E
tece de beijos todos os instantes.
O
tempo todo e todos os lugares que nascem em mim revestem-se assim da eternidade
imune aos humanos cansaços, e tu, meu amor, és meu e só meu, por entre um
intenso aroma de infinito, irmão daquele que nasce das flores mais viçosas dos
campos regados pela primavera nas chuvas generosas de Abril.
E
eu apago as distâncias quando o pensamento te resgata seja de onde for só para
vires até aqui afagar-me a mão com doces beliscos; e eu incendeio os sentidos
quando elevo os meus braços cansados e pousados sobre o velho sofá, até ao
desenho sonhado do mais perfeito e mais quente abraço.
Não
há ruas que não sejam nossas, não há árvores que não sejam berços de sombras
para o eco doce das nossas histórias, não há palavras ditadas pela alma que permaneçam
órfãs, se todas se soltam para irem a correr abraçar-te tal qual os meus
braços.
Porque
jamais a realidade poderá alguma vez superar o querer de um poeta; este querer intenso
com que te abriguei em mim.
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