Viver é o exercício da minha liberdade
É destino obrigatório para quem ama, a impotência das palavras na expressão da verdade daquilo que sente.
Dir-me-ão que os poetas rompem este fado, como afinal tantos outros humanos destinos.
Os poetas aproximam-se muito mais da verdade dos sentimentos mas não tanto pelos méritos do seu léxico; será muito mais pela ousadia que rompe os tabus na hora de o fazerem.
Eu poeta me confesso...
Na tarde da última Quinta-feira, quando te dei um abraço antes de irmos cada um para a sua Páscoa, eu percebi claramente que jamais poderia descrever com exactidão o que senti.
Por ser o maior de todos os sentimentos.
Mas não temo dizer que o senti, e não me privo de convocar palavras para escrever aqui o que disse por entre a festa dos nossos olhares:
- Há uma vida inteira que esperava por ti.
Destemido...
E digo-o sempre sem dizer como te chamas, fixando-me na essência do abraço e do sentir, muito mais do que no teu nome, que como qualquer outro detalhe que conste do Cartão de Cidadão, enferma como as palavras na impotência de expressar o que é enorme pela forma como se sente.
Os nomes, tal qual as palavras, colocam fronteiras naquilo que se sente com dimensão de infinito.
Os nomes, tal qual as palavras, colocam fronteiras naquilo que se sente com dimensão de infinito.
Viver é o exercício da minha liberdade.
E se algum nome te assentará bem, ele é ... Liberdade.
A minha liberdade, claro.
Ou não te amasse eu assim... na tua essência perfeita.
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