ZERO
Há dias com um triste gosto a nada, em que a vida
parece ter sido multiplicada por zero; mas pelo contrário, há dias em que nos
levantamos da cama ao ritmo de uma contagem em Cabo Canaveral… dez, nove… dois,
um, zero… e mais ninguém nos segura por entre a energia de conquistar tudo, e
até conseguimos chegar à lua.
Tudo sem que o zero deixe de ser zero e sem que a
nossa vida também deixe de o ser.
Há dias em que nos sentimos um zero sentado à esquerda
de qualquer coisa, anónimos e indiferentes personagens numa multidão que passa
e para a qual não contamos absolutamente nada; mas há dias em que somos um zero
à direita daquilo que ambicionamos, e então valemos por dez com força para
mudarmos o mundo. E se for preciso ainda somamos mais zeros porque temos ganas
de infinito.
E o zero é nada como pode ser o infinito…
Tal qual a vida, bastando que nos coloquemos sempre do
lado correcto, do lado que nos faz maiores, que nos coloquemos onde, quando e
com quem poderemos elevar-nos e elevar a nossa fé até ao infinito.
Assim termina “O mês A GOSTO”, o Zero no dia 31.
Mas como eu gosto do Zero à direita e como gosto de
sentir a sua força propulsora, deixei que na lista de letras e temas faltasse propositadamente
o “X”, a tal letra que pode ser tudo, quer falemos de uma equação, de uma
pessoa, etc.
Em segredo pedi a uma série de amigos que me enviassem
uma palavra começada por X, juntei-as e construí uma história que amanhã partilharei
convosco.
Tudo porque nada do que é bom pode ter um fim e ser
multiplicado por zero.
É bom estar convosco aqui no Pomar das Laranjeiras e
que os X dias, muitos e infinitos das vossas vidas, vos tragam sempre aquilo
que mais ambicionam.
Aquele abraço
(“Um mês A GOSTO” / Dia 31 / Letra Z / Tema proposto
por Zinha Duarte)
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