A eternidade...
Quando
eu morrer tomarei dos poetas a companhia e a cumplicidade das asas, rodopiarei
em voo feliz sobre o Castelo e a Fonte da Praça, e beijarei as ruas de Vila
Viçosa trazendo comigo a paz infinita que respiram por entre o alvo esplendor da
cal com o seu rodapé de muitas cores.
Depois…
Rumarei
a Lisboa passando pelo meu sobreiro favorito e dando-lhe um abraço,
imediatamente antes de me sentar contigo num dos degraus de pedra que do
Terreiro do Paço descem para o rio.
Ficaremos
por ali eternamente na margem direita do Tejo cumprindo o destino de um beijo
que jamais terá fim… no céu.
Porque
se o céu existe para lá da morte, ele nunca poderá ser outro que não este que a vida
e a Terra um dia nos ensinaram.
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