Ser rei...
Não é rei quem se abriga do céu passando a noite num palácio, mas sim aquele que até dentro de si abre espaço para melhor sentir o céu.
Enquanto deixo Lisboa, a noite vai caindo sobre a estrada à minha frente, mas com a lua a não permitir que o breu se instale.
O luar é definitivamente um tanto de luz e de dia que permanece.
Penso no meu almoço e nos dias de liberdade da minha amiga, rezo o terço, escuto Pedro Barroso no Spotify, saboreio contigo um Pastel de Belém e um chá por via do desejo...
O Homem é uma fórmula única mais ou menos secreta com muito daquilo que não cabe em Tabelas Periódicas.
Chego ao hotel depois de atravessar a mata, instalo-me e vou jantar.
À esquerda da mesa aonde me sento em frente a uma jarra de margaridas há um painel que evoca Os Lusíadas e o canto sexto: "A deusa que nos ceos a governava".
É Vénus, a deusa romana do amor.
Releio as palavras todas que me deste, revisito os beijos e as tardes em que penduramos a prudência para sermos nós e maiores num eterno abraço.
O amor dos deuses...
Tenho o céu cá dentro.
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