O céu encarnado…
Abraço
a tarde no instante em que o sol lavra o céu de encarnado, a lua
já se pressente sobre a campina; e entre mim e o horizonte há uma
desgarrada ao toque insistente do olhar.
No
Alentejo, a terra rasa estende os horizontes e permite-nos espreitar o sol
a espreguiçar-se antes de adormecer.
O
céu encarnado...
O
céu tomou o tom de barro da terra dos meus passos; e sentindo o cheiro dessa
mesma terra e com os pés sem pudores beijando a planície, sou eu quem
tomou o céu, por ti, no azul perfeito do amor que nos reveste os dias.
Fecho
os meus braços escondendo a tarde como quem te abraça.
E
deixo-me ficar contigo.
A
planície, a lua e o tu… o céu onde não cabem bruxas ou santos, o céu que
não se apaga nunca. Nem ao anoitecer.
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