Joaquim: mais vale ser Furacão num fim-de-semana do que “Mosca Morta” toda a vida
Uma pessoa passa a semana a ouvir dizer que o Furacão
Joaquim chegará a Portugal no fim-de-semana e cria legítimas expectativas,
acabando depois por se aperceber que esse fenómeno atmosférico seu homónimo já
desceu dois níveis na hierarquia das tormentas: primeiro foi despromovido a
Tempestade Tropical e agora não passa de uma Depressão Extratropical.
Ora se nos fixarmos no facto dos furacões (Huracan era
o Deus das Tempestades para os Maias) serem sistemas de baixa-pressão com
origem nas regiões tropicais e que são os responsáveis pelo transporte do calor
para as latitudes mais altas, devo dizer que esta tormenta desfalecida e em
agonia já não merece o destaque mediático que lhe foi dado, e envergonha os Joaquins.
O Joaquim Agostinho foi um furacão das bicicletas, o
Quim Barreiros faz uns fenomenais “sprints” de acordeão, o meu avô Joaquim
fazia a melhor açorda que eu alguma vez comi…
E até eu, e perdoem-me a imodéstia, criado nas calmas
baixas pressões alentejanas arrasto comigo o calor de infinitas palavras que, e
qual furacão, levo a paixão até às latitudes mais geladas e aos corações mais
empedernidos.
O meu segredo?
Só uma pessoa o conhece e eu não o revelo, mas
Depressão Extratropical ou “Mosca Morta” é que nunca serei.
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