Ao som das liras
No horizonte e muito para lá da montanha, Olimpo informal e circunstancial, os deuses espreguiçam-se com o sol no primeiro alvorecer de Outubro.
Soam as liras, a poesia das palavras ditas ou cantadas, há palmas em tom de festa, o riso, as gargalhadas... que a música, muito mais do que aquilo que se escuta, é tudo aquilo que se sente; é uma paz por entre a sinfonia de todos os sentidos.
Não passará Outubro sem que nos demos beijos a bordo das castanhas assadas no barro onde estala o sal, o fruto que descascamos um para o outro enquanto passeamos. E o vinho novo espreitará para fazer connosco a festa.
Não passará Outubro que sem a tarde nos traga as brisas frias que pedem incessantes abraços fazendo a vontade ao desejo que nos impele um para o outro.
E os deuses, sentados à beira das fontes nos Olimpos informais de todos os dias sorrirão para nós, tal como o sol...
Ao som das liras.
A música e Outubro.
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