Todos os poetas cultivam flores
Todos os poetas cultivam flores, palavras como rosas
que libertam nas tardes da cidade por entre o voo das pombas do Rossio.
Eu, com o braço direito na tua cintura e descendo o
Chiado como quem se beija inteiro, levo comigo, perfeitos, os inéditos aromas dessas
pétalas que o teu amor fez despontar.
É Outubro, o vento veloz rouba a água das fontes dando
um brilho à calçada onde as pombas repousam atentas.
Depois, uma criança corre de repente e desassossega as
asas que irrompem pelo céu, e nota-se um intenso cheiro a flores por entre este
incansável redesenhar do céu.
Rosas?
O teu olhar vai ditando palavras de amor com que
enfeitamos o nosso beijo enquanto caminha.
Não, são prosas!
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