Um eléctrico chamado Lisboa
Apesar de hoje percorrer a distância entre Vila Viçosa e Lisboa pela Auto-estrada A6 em pouco menos de 2 horas, jamais me esquecerei das minhas primeiras viagens a Lisboa, feitas de comboio e que duravam cerca de 6 horas. Na parte final destas viagens, tinha o privilégio de entrar em Lisboa pela sua porta maior, o Tejo, fazendo a travessia desde o Barreiro até ao Terreiro do Paço, mais propriamente até à estação de Sul e Sueste. Pelo facto dos meus tios viverem na Ajuda, chegados ao Terreiro do Paço, apanhávamos o eléctrico 18 e aí seguíamos nós passando por S. Paulo, Santos, pelo Calvário, Alcântara e Santo Amaro. Sempre apreciei estas viagens e apesar dos autocarros de dois andares também serem uma tentação para um rapazito Calipolense chegado à cidade, os eléctricos foram sempre o meu meio de locomoção preferido em Lisboa. Os populares “amarelos da Carris”, de bilhete e acesso mais económico, predispuseram-se desde sempre a receber a gente do povo mais genuíno de Lisboa, e, sent