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A mostrar mensagens de julho, 2013

A página pobre do diário de Cristina

Comporta, 30 de Julho de 2013 Querida Kitizoca, Foi um dia supé caturra aqui p'la Pobrelândia, este nosso execício anual pa descoberta do estranho mundo dos pobezinhos, que pa nós é sempe um gande mistério. No workshop matinal de "meias de leite e abatanados" tive excelente pontuação e até ultrapassei a Cereja que se queimou no vapor da máquina e não foi capaz de dizer mêrda logo de seguida. Ora pobezinho qu’é pobezinho diz logo de seguida mêrda. No mínimo. Ah, é verdade, e po falar na Cereja, já descobri poque me ganha sempre no concurso de "peidos pós-prandiais". A caturra compra latas de feijão cozido do Lidl. Pa mim é doping mas já que po outros não, vou disfarçar-me um dia destes e mergulhar nesse horroroso mundo das compras dos pobezinhos. Vou levar toalhetes de álcool pa prevenir os fungos. Também pensei levar máscara poque sou supé alérgica aos “Bien-être’s” e aos “Old Spice’s” do povo, mas isso podia sê mal interpetado, tá ver? De tarde n

Silêncio

Morreu o “amor” escrito no teu olhar, A promessa dos beijos, dos abraços. Noite, ressoar triste dos meus passos Sem rumo, sem destino e sem luar. Bússolas ditas, cartas de marear, Foram tuas palavras, nós e laços Desatados p’la ausência, cansaços De um náufrago, eu, só, entregue ao mar. Há uma ilha longe. Clama por mim. Desta vida, destino e ao que vim, A pátria dos sem rumo, a solidão. Diz: “meu amor”, resgata-me da morte, Insufla-me vida, a fé, um norte, Eternidade e tão-só… a tua mão.

Sérios, honestos e bons de contas…

Quando optamos por circular no IC19 e chegamos sem problemas a Lisboa mesmo que em hora de ponta, a elevadíssima probabilidade de podermos encontrar mesa num restaurante sem que antes tenhamos feito uma reserva, as áreas de serviço das auto-estradas literalmente às moscas, a consulta médica que antes marcávamos para daí a dois meses e que hoje pode ser conseguida da manhã para a tarde… Existindo uma causa para tudo o que acontece poderemos dizer que as situações que descrevo serão consequência da crise e das suas vertentes, a saber e entre outras, o aumento do número de desempregados e também o brutal aumento de impostos de que fomos vítimas nos últimos anos, envolvendo tanto as taxas directas como indirectas, numa perspectiva de “vaca leiteira” com ligação ininterrupta às máquinas de ordenha. Para só nos reportarmos aos anos desta legislatura temos em 2011 o maior aumento de impostos da União Europeia com o peso dos impostos no PIB a crescer de 31.5% para 33.2%, em 2012 ficámos a

Uma campanha (demasiado) alegre

Boa gente aqui estou, sou candidato, Homem recto, de palavra e acção. P’ra política com talento inato Grande sucesso em qualquer eleição. Bem melhor que todos que aqui estão, Do desenvolvimento sou um motor, Garanto-vos quatro anos de paixão, Muita entrega total, muito amor. Não vos prometo o sol ou a lua, Eu sou muito honesto desde rapaz, Mas um ecoponto em cada rua, De isso, já sou eu muito bem capaz. Excursões às grutas, dias na praia, Bailes, operações às cataratas, Tony Carreira, consultas da Maya, Piqueniques, fruta, atum em latas. Muitas festas de Natal ou de verão, Carnaval com corso e rei de fora, Muito folguedo, banda e procissão, Tudo a matar o mau de agora. Darei assim o melhor presidente, Um sucesso, um candidato de truz. Para vos garantir um bom presente, Por favor, no meu nome ponham a cruz. Meus amigos descansem: não sou candidato. Foi apenas a campanha que me inspirou a estas rimas. 

Reinventarmo-nos

Reza a história que Maria Pia de Sabóia, Italiana, rainha de Portugal por casamento com D. Luís I, era uma mulher com um apurado gosto pelo requinte e pelo luxo. Visitar os seus aposentos no Palácio Nacional da Ajuda, confirma-o inteiramente e, no contraste com aquele que sabemos ser o nível de vida de um Português médio no final do Século XIX, compreendemos e aceitamos como natural, a revolução e a substituição “desta monarquia” por um regime republicado. Abstraindo-nos por momentos das sedas e dos dourados, quando entregamos o olhar às janelas atraídos pelo azul intenso do Tejo, é impossível deixar de notar que há meio palácio por construir. Culpa da república e por certo da já crónica falta de verbas de que há muito sofre a nação. Já visitei o Palácio em várias ocasiões mas hoje, sábado de verão abençoado pelo sol que induz a luz mágica de Lisboa, voltei para ver a exposição da Joana Vasconcelos, que espalhou a sua arte pelas diferentes salas da residência de D. Maria Pia.

O tempo e a vida

Chamava-se Inácia Isabel, era minha bisavó por ser mãe do meu avô materno, partiu muitos anos antes de a minha mãe ter nascido mas foi ela a inspiração para o nome de Inácia, acrescentado ao eterno feminino nome de Maria, com que a minha progenitora foi baptizada. Conta-se que ia lavar a roupa da família para os ribeiros da Tapada Real e que passando no Terreiro do Paço em frente ao Convento dos Agostinhos, então um quartel de cavalaria, lavadeira denunciada pela enorme trouxa colocada em cima de uma burra, nunca negava aceitar receber e lavar a roupa dos soldados que já a esperavam ladeira acima, devolvendo-lhes a dita na hora do regresso ao fim da tarde. Mulher de muita fé, diz-se que no seu percurso pelo campo, sempre que ouvia no campanário de uma ermida, o apelo de um sino a chamar para a missa, parava tudo e entrava porque segundo ela: - A hora da missa nunca é uma hora perdida. Foram muitas as histórias como estas que a seu respeito me foram passadas pela Tia Maria, tam

“Que bem que se estava na praia”

A temperatura lá fora não desmente que é verão e reparo que a grande maioria das pessoas que enchem por completo a sala de espera estão vestidas como se estivessem em trânsito de e para a praia. Imperam as bermudas, os calções, as camisolas de grande decote, os chinelos e as havaianas. Estou junto a um balcão onde se encontram duas funcionárias devidamente fardadas em tons de cinza e verde. Estão as duas à conversa num tom de tal volume que é impossível não ouvir os relatos que uma dela faz sobre a manhã passada à beira mar: - Que bem que se estava na praia. De vez em quando interrompem a conversa para um carimbo, uma nova marcação ou então para se agarrarem ao microfone e num tom entre o asténico e o zangado, chamarem o próximo. - Manuel da Silva. Gabinete setenta e oitoooo. Sempre que alguém se aproxima e as faz afastar o olhar uma da outra, rapidamente preparam a metralhadora e os incautos utentes acabam invariavelmente fulminados pelas balas oftálmicas com que os seus

Amália

Quis Deus um dia, dar voz a Portugal, Cúmplice da guitarra e da saudade. Nasceu Amália, instante sem igual Que ao canto trouxe mar… e a verdade. Dos poetas, a palavra imortal, Do povo, o grito e a liberdade. Luso sonho maior, tornado real Num fado que é só nosso… sem idade. É algo marinheiro, este canto, Lágrima, nau por nós e p’la corrente, Desbravando os segredos e o sentir. Mulher, rainha, negro xaile, encanto, Flor do campo, aroma, toda a gente, Estrela que jamais poderá partir. Amália nasceu, faz hoje 93 anos, se considerarmos a informação do seu Bilhete de Identidade. Para quem é eterno, a data exacta de nascimento também será sempre um dado irrelevante.

Dinastia ao jeito de Dallas no imparável “Cagarra” Crest

Nas terras do seu “império”, o velho patriarca há muito se refugiara no seu sumptuoso palácio. Entregue aos netos a gestão do feudo, limitava-se o avô a alguns passeios lúdicos pelos recantos mais exóticos da propriedade enquanto a mulher se refugiava em orações e preces na capela, e, de vez em quando, mais por hábito do que por lucidez, geralmente em datas importantes e festivas, ia o “venerável” ancião olhando para as contas e resultados da administração promovida pelos netos. Num belo dia de verão, o neto mais novo, atraído pela luxúria e pela boa vida, aproveitou como pretexto a nomeação de uma nova contabilista recrutada pelo irmão e anunciou o abandono da administração do “império” colocando em risco o poder colegial que exercia com o “mano”, que foi desde logo acordar o avô, retirando-o do sono e da letargia da sua reforma dourada. E enquanto o velho aquecia o cérebro já demasiado habituado ao descanso, para que pudesse articular algum mínimo pensamento, no silêncio dos s

Quatro gerações… e o azeite

Terá sido algures em meados dos anos setenta num período em que mesmo os invernos eram aquecidos pelo calor da política e o fogo de uma inédita liberdade. Nas manhãs de sábado de entre Dezembro e Janeiro, e porque não tinha aulas, acompanhava o meu avô Joaquim aos olivais onde ele liderava um grupo de mulheres que apanhavam azeitona. Em linguagem do meu Alentejo, o meu avô era o “Manajeiro” do Rancho. Aprendi a apanhar e a colher azeitona, a varejar para uns enormes panos e a atirar ao vento, o fruto e as folhas, separando-os por acção dessa diferença de peso que faz projectar as azeitonas sempre para lá das folhas da oliveira. E essas manhãs em que eu era mimado por todas as mulheres e provava das suas merendas, acabava invariavelmente com o transporte dos sacos de serapilheira cheios de azeitona num carro puxado por uma mula, para o lagar comunitário existente no Carrascal. Ao privilégio de nascer no campo somou-me a vida esse gosto de crescer em plena comunhão com a terra n

A poesia

Sorrio à manhã que me traz uma leve brisa de mar em rima com o sol que se espreguiça e levanta por detrás do Cristo Rei. Há um canteiro de sardinheiras que ainda transpiram e denunciam a rega que as alimentou durante a madrugada mas o aroma que tempera o ar de flores vem da alfazema disposta em ilhas de tom lilás. Respiro e abençoo a vida no trautear instintivo de uma cantiga que dispensa letra e é cantada ao jeito de assobio. Em coro e num improvisado dueto, junta-se a mim então um grilo que viverá algures nessa bênção campestre de um canteiro na cidade. O café completa-me o despertar, saboreio-o enquanto ao longe vejo e sinto a paz azul do Atlântico, e de palavras e sorrisos se faz o momento de afectos com os anónimos que a confluência de hábitos transforma nos meus fiéis cúmplices de todas as manhãs. E sempre com o olhar fixo no mar, faço-me ao caminho… É o mar que me traz os teus olhos e me atenua estas saudades que jamais irei matar em mim. Afinal, as saudades são o

Nelson Mandela ou o nome da própria liberdade

Há vários filmes que poderei classificar como “da minha vida” e um deles é sem dúvida Cry Freedom (em Português, Grito de Liberdade ) pelo impacto que teve sobre o desenvolvimento da minha consciência e activação da revolta perante uma das maiores injustiças do universo, o racismo. Realizado por Richard Attenborough e com uma magnífica canção de Peter Gabriel na sua banda sonora, este filme narra a história de Steve Biko um dos maiores activistas da resistência contra o apartheid na África do Sul, morto barbaramente às mãos da polícia em 1977. Quem distingue e separa os Homens com base em características de natureza étnica, assim como outras que podem passar pelo credo religioso, orientação sexual ou género, mata a própria humanidade e amputa-a de uma das suas maiores riquezas, a diversidade. O regime do apartheid foi uma das maiores vergonhas da história do Homem e na mesma proporção Steve Biko ou Nelson Mandela foram heróis maiores porque colocaram a vida ao dispor do alinhar

Lisboa, Tejo, Verão e toda a magia de um entardecer

Lisboa cheira definitivamente a verão neste final de tarde em que as cerejas e os morangos que a vendedora apregoa num claro timbre de Marcha Popular, sobrepõem o vermelho sobre o ocre do casario e a promessa de azul Tejo que a Rua do Alecrim sempre nos oferece. O triângulo dos poetas que define o verdadeiro coração de Lisboa, esse mágico território entre os pedestais de Camões, Chiado e Pessoa parece ter sido tomado por uma imensidão de turistas de olhar deslumbrado, romagem de todas as línguas, preito feito de palavras à divina língua mater lusitana. E é de palavras, muitas, do falar sentido das emoções, que se tempera o “café”, esse nome sempre dado ao encontro dos amigos, mesmo quando sobre a mesa, para fazer companhia às palavras e ao sentir, há de tudo menos a negra solução resultante de uma quente extracção de cafeína. À mesa: Virgílio Ferreira, um Santo António pintado de amarelo e… as nossas vidas. As partilhas e as cumplicidades dos amigos matam sempre os relógios ne

As estrelas da tarde

A necessidade de preparar o jantar tendo o frigorífico ao jeito da montra de uma ourivesaria depois de um assalto, convoca-me em alguns finais de tarde para o Pingo Doce muito perto do meu domicílio, e ainda hoje hesito entre classificar estas incursões como uma revisão da “Caderneta de Cromos” ou a entrada numa retorta, coluna de destilação e tubo de ensaio de um verdadeiro experimentalismo social e comportamental. A visita até estava a correr bem até ao ponto em que na fila para o pagamento encontro um pai e uma filha adolescente obesa, com manifesta astenia e vestida a conselho do seu pior inimigo, em diálogo que aqui reproduzo: - Faz o favor de ires ali buscar uma caixa de recargas para a máquina de café. - Ora… Dá um ar desengonçado ao quadril e acrescenta: - E porquê eu? - Porque eu estou a mandar. - Ai que chato… Eu não sei quais são. - São as mais baratas. Grita o pai que estica a mão direita e diz: - E eu dou-te o chato… com um belo par de estalos. - Não

Pelos caminhos de São Vicente

A lenda fala de Vicente, valenciano feito mártir e santo pela força da fé, e da cumplicidade e fidelidade absolutas dos corvos que desde Sagres e do Cabo a que dá nome, até Lisboa, numa caravela que cumpriu a vontade de D. Afonso Henriques, não deixaram jamais de guardar as relíquias do Santo que se tornou padroeiro da capital Portuguesa. Os corvos serão para sempre, o brasão de Lisboa. E vicentina ficou a costa que foi cúmplice da viagem de São Vicente, essa mágica linha feita de promontórios e areia que tem a virtude de casar o Alentejo e o Atlântico. Saio de Sagres pela manhã subindo a estrada que me oferece esse duplo privilégio de Alentejo e mar. À direita os sobreiros, a esteva e o infinito mar de amarelo do que resta dos campos de trigo já ceifados. Aqui e ali, um intenso verde no prenúncio de uma ribeira. À esquerda a persistência de azul que não desmente: o oceano. E há estradas assim como esta, em que o destino se pode tornar irrelevante e o prazer maior está em

O mar

Por mais longe do mar que tenhamos nascido ou crescido, não há em Portugal distância suficiente e capaz de apagar esta lusa genética que nos faz sentir em casa sempre que caminhamos na areia sentindo a brisa e o abraço das ondas desfeitas a nossos pés numa imensidão de espuma branca. Bebo incessante o aroma de sal que tempera esta manhã do verão algarvio que fez as nuvens esconder o sol, e não resisto a sentar-me numa rocha, banco adornado de algas que há muito o meu horizonte me oferecia como promessa de descanso. Olho para trás traindo por instantes o mar. A falésia é íngreme, inacessível e uma palete de rochas e areias de tons ocres e laranjas, perfeita escultura operada por Deus e pela arte dos ventos, terra de raízes de pinhos, aloendros e uma outra infinidade de verdes. Mas o mar impõe-se e devolvo-lhe o olhar. Aos meus pés há conchas, pedras de todos os tamanhos, e de repente, a memória transporta-me para aquele verão de 1970 quando com apenas quatro anos brinquei pel

A mesma velha história

Apanhar uma longa fila de trânsito a caminho de Lisboa na manhã em que no Parlamento se discute o Estado da Nação é castigo demasiado difícil para um pacato e cumpridor cidadão que como eu tem os seus impostos em dia e que procura afinal e tão só, a companhia amiga de uma estação de rádio que o possa distrair um pouco. Para além do mais, o Estado da Nação é definitivamente péssimo e será estéril e uma real perda de tempo, qualquer discussão em torno deste assunto. Circulo impaciente entre as estações de rádio que escuto habitualmente, e o facto de todas elas estarem com o som da Assembleia da República acaba por me fazer render e ficar a escutar um pouco, consciente no entanto que ficarei predisposto para um intensíssimo consumo de anti-depressivos durante o fim-de-semana. E a história é má de mais… Escuto Passos Coelho ainda numa autista pose de Primeiro-Ministro e fico com a clara sensação de que ele, Cavaco e Portas, incorporam na perfeição e por demérito de comportamentos,

Quem vê caras…

Não persistem quaisquer dúvidas de que o mundo mudou de forma acelerada no passado mais recente, e em muitos aspectos, ainda bem, sobretudo quando tal representou um desenvolvimento objectivo e real, a aproximação do Homem a condições de vida associadas a uma maior dignidade. Neste contexto actual, um dos exercícios que se nos exige é ver muito para lá das aparências, pois se colarmos os sensoriais sinais exteriores às nossas percepções de antes poderemos cair em erros gravíssimos de avaliação. Há inúmeros exemplos. Na tarde de ontem enquanto passeava no Oeiras Park vi caminhar à minha frente um senhora que tinha as pernas mais magras que os braços de uma vítima de subnutrição. Quando a ultrapassei apercebi-me tratar-se da Manuela Moura Guedes, apenas e só a mulher que é dona da maior boca deste país. E as louras e as morenas? Cuidado. As tintas fazem milagres em quaisquer cabelos e tudo parece natural. Até a cor dos olhos pode ser alterada e posta a condizer com a melena, e

A “irrevogável” leveza do ser

No tempo em que os animais falavam existia um galinheiro na quinta do avô Zé, que por esses dias e por necessidade foi alugado a uma empresa constituída pela D. Ângela, a D. Cristina e o Sr. José Manuel. Nesse dito galinheiro, e com estatuto de intemporal, existia há muito um galo já podre de velho e que quase não tinha forças para cantar quando rompia a madrugada, mas que mesmo assim acreditava ser ele o verdadeiro e real comandante das “tropas”. Existia um outro galo mais novo embeiçado por uma anafada galinha pedrês e com vocação de moamba , que parecia emergir na hierarquia e ditar as regras, mas quem o observasse de forma atenta facilmente descobria ser demasiado vulnerável e influenciado por um peru que já tinha sobrevivido a dezenas de Natais, solteiro, fanfarrão e de verbo fácil, que se enrufava por tudo e por nada e lhe condicionava todas as atitudes, das mais pequenas às mais relevantes para a vida do galinheiro. Fiel ao galo novo existia um outro “galito” mais discreto