Um ano novo e um lápis


Na tarde do passado dia 24, e muito ansioso para saber se a noite de Natal lhe traria os presentes pedidos ao céu por e-mail, o meu sobrinho Luís, colado à janela, pediu à mãe que lhe desse um lápis para ele poder desenhar a lua, acelerando o tempo até ao momento que sonhava.
Hoje, no início do ano de 2020 desejo que nunca vos falte uma janela, ou pelo menos, que tenhais a força para a poderem inventar em qualquer parede de betão, desejando, ao mesmo tempo, que a vida vos ofereça os lápis todos, e de todas as cores, para que possam, assim, ajudar a alinhar o tempo com a vossa vontade.
De caminho, desenhem rosas sobre os silêncios e as saudades, aproveitem as linhas inóspitas do silêncio, alinhando-as ao jeito de uma pauta, e oferecendo-lhes as notas de uma boa canção, e, esmagando o coro perverso dos imbecis que dizem que o tempo morreu, desenhem gritos, beijos e afagos de todas as cores e de todas as formas, porque só num terreiro de fé e de liberdade, garantimos que ninguém deixará de cumprir-se a si, e ao sonho, dando caminho ao que lhe pede o coração.
Feliz 2020, um ano que por ser bissexto, nos oferece o bónus de mais 24 horas para podermos ser felizes.

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