Roma – Messina – Atenas – Éfeso - Creta


O título deste post foi o roteiro da minha última semana, a bordo do navio “Navigator of the Seas”, um verdadeiro hotel de luxo, flutuante, americano, em conjunto com mais de 4000 mil almas, sendo 3200 passageiros como eu.
Mais de 1000 italianos e quase 1000 americanos, pertencendo muitos destes últimos, à parte “burgessa” dos sobrinhos do Tio Sam, aqueles que olham para a Acrópole com o mesmo interesse com que eu vejo na TV o resumo do jogo ente o União da Madeira e o Ponta do Sol, daqueles que com ar inteligente nos perguntam de imediato ao dizermos que somos de Portugal:
- Isso é na Europa, não é?
Mas vizinhanças à parte e, convenhamos que em ambiente de férias, estas “anedotas” até nos divertem, verdade seja dita que o “Navigator” cumpriu exemplarmente a sua missão de fornecedor de conforto e que melhor teria sido impossível para numa semana poder em segurança visitar locais tão importantes e significativos, com eficácia e sem quaisquer incómodos.
Só falharam as comunicações e por isso o meu post anterior foi publicado com atraso e o meu relato de viagem ficou adiado para melhores dias e melhores satélites.
Já o sabia há muito e foi bom poder comprová-lo e sobretudo saboreá-lo, que o Mediterrâneo, para além de um duro terreno de infinitas batalhas e luta pelo poder, foi o núcleo catalizador dos tempos modernos, o cenário que inspirou o Homem a se encontrar consigo mesmo e a estabelecer regras no seu relacionamento com os demais quer seja no âmbito politico, económico ou até familiar, o espaço onde aprofundou saberes para melhor conhecer o mundo e onde se encontrou com Deus e fez da fé uma vivência real.
O Mediterrâneo foi um caldeirão onde se cozinhou modernidade e onde o Homem se pode tornar mais Homem porque mais completo.
Calcorreando todos os caminhos e olhando as pedras, as árvores, as construções, a memória das pessoas que associamos aos lugares, e até o azul tranquilo do imenso mar, registamos que tudo carrega História e tudo ajuda na descodificação do que somos hoje.
A Acrópole em Atenas é um altar à divindade do saber e da liberdade, expressões máximas da humanidade que todos carregamos.
Em Éfeso, nos apenas 10% de cidade que vemos à superfície, todos os recantos parecem replicar os ecos das palavras de Paulo e daqueles que em tempos de grande adversidade pegaram e deram seguimento heroicamente à missão do Ressuscitado.
Mediterrâneo. Património da Humanidade de valor incalculável.

Comentários

  1. Poder visitar esses locais é um verdadeiro privilégio! Chego a emocionar-me ao pensar em tudo o que aconteceu nesses lugares! Obrigada pela partilha!

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