Os dias que contam…


Os dias que contam são aqueles em que finalmente descobrimos rosas por entre a hortelã, mesmo que há muito tempo nos venham chamando insensatos e loucos à margem da razão.
Como se alguém, a não sermos nós mesmos, pudesse desenhar um GPS que cumpra o exclusivo tom da vontade que trazemos no coração...
Sim, é verdade que às vezes entramos por cavernas escuras, por pura curiosidade, ou tão só porque tentamos fugir da chuva, mas isso não subverte o destino maior inscrito no ADN dos Homens: a liberdade.
Passamos frio, choramos de saudade, sentimos a fome no estômago e a solidão no peito, oramos, se acaso tivermos fé, e quase sempre, beneficiamos da chegada de um amigo que se revestiu de coragem e mergulhou para nos resgatar do medo, por mais estreitos e escuros que sejam os caminhos até nós.
Às vezes as notícias do Telejornal ilustram as nossas vidas e os dias que nos oferecem para sermos nós.
Existirão vantagens no escrupuloso cumprimento da previsibilidade?
O abraço onde se concretiza um beijo longo e sem pressa, desmancha sempre a rota paralela e previsível dos nossos passos sobre a areia, porque um beijo que se preze não dispensa nada da alma e do corpo, nem mesmo os dedos dos pés, envoltos então no aroma das rosas... e da hortelã.

 

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