O Zé, o Pedro, o Paulo, o Xico e o Tio Jerónimo

O jornal Sol de ontem, tal como outros meios de comunicação, titula que os partidos e os respectivos lideres, dão por adquirido o chumbo do orçamento de estado para 2011 e preparam-se já para eleições.
Foi posta de lado toda e qualquer hipótese de diálogo, de negociação, e assume-se a ruptura que trará por certo o agravamento da nossa já muito débil situação financeira.
É a irresponsabilidade a ser levado ao limite.
A situação exigia a maturidade de partir do objectivo assumido como compromisso por todos, fazendo cedências de parte a parte. As pessoas, todos os Portugueses exigiam essa maturidade.
Mas olhando para os intérpretes desta “novela” de cariz rasca em que se tornou o país, já nada nos surpreende.
O terreiro da luta política tem o estilo e o conteúdo das guerrilhas e das eleições para a direcção de uma associação de estudantes de qualquer escola secundária, onde impera a maturidade própria da adolescência. Os actores são maus, sem talento, preocupados sobretudo com a imagem, bem ao estilo “Morangos com Açúcar”.
Ninguém se preocupa em construir algo de positivo, esta gente nunca construiu nada, apenas se especializou em destruir.
Toda a gente quer o poder mas ninguém quer governar e assumir as dores dessa mesma governação. Onde todos estão bem é em campanha eleitoral, nos cartazes coloridos, nas feiras a distribuir canetas e aventais, nos discursos inflamados, etc.
A fazer algo de construtivo? Não sabem nem querem. Não cresceram. Não passaram da adolescência.
Venham então eleições.
Se aumentamos o número de desempregados? Se há pessoas a quem faltam os bens essenciais? Se há um deficit no acesso aos cuidados de saúde? Isso não interessa mesmo nada.
Os problemas do país são graves e nós não temos gente capaz de os enfrentar.
Numa analogia futebolística, temos pela frente uma equipa de craques, temos de os vencer, e a equipa que temos para jogar e nos defender, é uma equipa de juniores que não tem pernas para estar à altura das responsabilidades do jogo, do campeonato.
Quem vai perder? É claro que seremos todos nós.
Quem vai ganhar as eleições? Eu já sei. É a abstenção.
E quando forem confrontados com estes resultados, não assobiem para o lado. Por favor entendam que as pessoas desistiram porque já não vos suportam, porque estão cansadas de poder escolher apenas entre o mau e o péssimo.

Comentários

  1. Apenas uma pequena observação, relacionada com a actuação deste Governo e seus efeitos na comunidade: falta de lealdade para com os eleitores (e os outros), falta de jeito para a coisa pública, falta de respeito por quem lhes paga. Afinal até era fácil givernar o país: BASTAVA QUE O GOVERNO NOS GOVERNASSE COMO SE GOVERNA A SI PRÓPRIO!!!

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