Sexta-feira, 13


Há encanto, magia, pragas, mistério,
Histórias de bruxas e lendas de encantar,
Há um terror que se diz ser caso sério,
Miam gatos que são pretos e mestres de azar.

Há queimadas, fogueiras e rezas com fé,
Afugentam-se tristes agoiros e maus-olhados,
Fazem-se cruzes para o Belzebu saber como é
E ir semear desgraça noutras terras, noutros lados.

Adivinhos e sábios, lêem nos astros do universo,
Sinais de tragédias e coisas de acautelar,
Profecias de um caos certo, e sem reverso,
Como se o mundo vivesse a um passo de acabar.

E afinal, tudo é tão simples e assaz normal,
Ciclo, inevitável tempo, impossível de evitar,
Um dia a mais, aos outros, em tudo igual,
Duas dúzias de horas para ter fé e acreditar.

Se por ser treze, a Sexta queremos diferente
Positivos e unidos a saibamos viver,
Com amigos, amores e com toda a gente
Há lá melhor sorte para a gente hoje ter?

Comentários

  1. Sejam sextas-feiras trezes ou outras, é a presença de todos os que amamos que de facto nós dá a sorte dos dias felizes.
    RUI PEREIRA

    ResponderEliminar
  2. Pega na sua última frase "Há lá melhor sorte para a gente hoje ter?" para lembrar que, nesta 6ª feira 13, havia outra boa sorte: o euromilhões. Gostaria de a ter tido, embora me sinta confortável com os amigos e os amores.

    ResponderEliminar
  3. E estive nesse dia numa reunião num décimo terceiro andar!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

O MUNDO MAIS BONITO E CONFORTÁVEL NUM TEMPO A CHEIRAR A FLORES

“Quando mal, nunca pior” ou a inexplicável rendição à mediocridade

TESTAMENTO DE UM ANO COMUM