A vertigem da mudança.

As notícias de hoje são dominadas claramente por dois acontecimentos: a cimeira da NATO que decorre em Lisboa e o consistório convocado pelo Papa Bento XVI reunindo no Vaticano todos os Cardeais da Igreja Católica.
Relativamente à NATO, fala-se de uma cimeira histórica, uma cimeira que vai fazer aprovar um novo código de conduta da aliança, adequando-a às realidades dos novos tempos, nomeadamente ao perigo que o terrorismo hoje representa. É a aliança atlântica verdadeiramente a digerir o 11 de Setembro de 2001 e o ataque ao World Trade Center de Nova Iorque.
Longe vão os tempos em que a NATO agrupava as forças contrárias ao bloco de leste, ao Pacto de Varsóvia, sendo um dos actores no palco da chamada Guerra Fria. Os “inimigos” de então estão hoje sentados à mesa desta cimeira a discutir a nova realidade do mundo.
No caso da Igreja Católica, o Papa convida os Cardeais a reflectir sobre os novos tempos e a fazer um exame e uma reflexão sobre os últimos tempos da Igreja, nomeadamente sobre o escândalo da pedofilia que atingiu vários sectores desta mesma Igreja.
Há algum tempo atrás era impensável assistir a este exercício de auto-crítica, este exame de consciência assumido pela Igreja.
O que há em comum nestes dois eventos de hoje?
Em minha opinião há um mundo a mudar a uma velocidade assinalável e os players deste mesmo mundo, a tentar acompanhar esse ritmo vertiginoso ditado pelos novos tempos.
Oxalá que todos eles, e sobretudo cada um de nós, consiga fazer rápido essas reflexões e consiga fazer com que os novos tempos sejam efectivamente tempos novos, tempos de uma nova esperança.
Está difícil! Até eu, optimista por herança genética, o reconheço.

Comentários

  1. Caro amigo, passei um pouco ao largo dessas duas cimeiras duvidosas. A seu tempo veremos se serviram para algo mais do que parar a vida neste pequeno recanto da Europa. Quanto à da NATO, veremos por quanto tempo se vão manter os novos entendimentos EUA-Rússia. Já em relação à da Igreja, li agora mesmo que SS (significa Sua Santidade e não o que estava a pensar) aceitou o preservativo. Parece o Portugal dos 40 anos de atraso. Sem ofensas mas com a possível ironia. Bom fim de semana.

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