O mundo inteiro…


No nosso quintal há uma gaivota que chega sempre ao fim da tarde para brincar com a giesta e o alecrim, e por isso nunca saberemos se Portugal é um pedaço de terra ou se é tão-só o próprio mar.
Os braços em cruz, pela fé, são mastros de caravelas que tomam do peito a vontade e partem traindo a solidão das praias, tatuando no vento um travo audaz e inédito de liberdade.
Nos espigueiros onde o milho adormece a sonhar o pão, no vinho que o sol aqueceu e escorre fiel dos nossos passos, nas encostas matizadas pelo rubro tom das cerejas, no canto do sul nascido dos abraços…  
O mar? A terra?
Não interessa perguntar o quê ou qual.
Está o mundo inteiro guardado nesta aparente pequenez: Portugal!

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