A bordo da Terra...


Entretido a brincar às escondidas com o sol, eu sou um rapaz que viaja a bordo da Terra, sempre em busca do universo.
As estrelas são a gente que chega e que me abraça, deixando no espaço ao redor mim, e no pensamento, as histórias que me alimentam com a eficácia e o sabor do melhor pão de trigo.
Na mochila, quando partem, levam palavras que não vêm nos dicionários, porque são escritas segundo a linguagem do vento, e são sinónimos imprevisíveis da liberdade. 
A bordo da Terra, nós somos a varanda bonita e cheia de flores onde se cruzam milhares de rotas dessa tanta gente que como nós anda em busca do universo, astronautas informais na senda das estrelas e dos sonhos, sem outro mapa que não seja o da sua vontade.
Talvez um dia eu adormeça, vergando-me ao cansaço, e então rogarei ao vento que me envolva na rama das árvores, na brisa salgada dos mares e no pó dos caminhos, tornando-me chão firme para quem vier em busca deste mesmo sonho que é o meu.
Chão firme e quiçá um pequeno mas generoso degrau, porque qualquer pequeno salto põe-nos mais perto das estrelas.

 

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