São as tardes dos dias da liberdade...



Nas tardes quentes de Maio, os poetas brincam sozinhos pelo campo entrançando os gestos, o olhar, e o tudo da sua liberdade com as papoilas que insistem em romper a previsível quietude das searas que o vento namora.
Os poetas são assim, solitários mas irmãos de todas as flores; são náufragos heróis buscando as ilhas, a alma à superfície resistindo às marés cinzentas da sensatez e da aparência.
Mas às vezes nessas tardes quentes de Maio, enquanto o sol brinca com as cidades enfeitando-as de luz intensa e mágicas sombras, os poetas têm amigos que chegam de perto ou de longe trazendo olhares carregados de mel, para com milhares de abraços construírem tendas onde as palavras ressoam perfeitas e com ar de festa.
São as tardes dos dias da liberdade e os amigos dos poetas trazem consigo a poesia no açúcar que se lhes desprende dos olhares... e dos abraços.

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