Faremos voar o nosso abraço por sobre o asfalto que calou a giesta, e seremos nós a primavera que cumprirá os desígnios deste chão que se fez nosso.


Faremos voar o nosso abraço por sobre o asfalto que calou a giesta, e seremos nós a primavera que cumprirá os desígnios deste chão que há muito se fez nosso.
Porque sonhámos brincando sobre ele, acariciando o barro fresco da terra sob a luz de todas as luas.
No irreverente rodopiar com que rasgarmos o vento, o nosso respirar cruzado nos contornos de um beijo inédito deixará palavras desenhadas como pétalas que se espreguiçam ao sol dos meios-dias de Maio.
E ao longe os rouxinóis que cantam de dentro dos balsedos adornados de amoras reconhecerão neste voo o gesto cúmplice do seu destino de liberdade.
Aquela liberdade que só o amor sabe fazer cumprir.
Um beijo que voa dentro dos mais feliz dos abraços.

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