O Cozido da Guilhermina

No grupo de amigos há muito sabemos que o melhor Cozido à Portuguesa do Universo é feito pela Guilhermina na residência que partilha com a mana Natália à Fazenda das Figueiras, ali onde o Ribatejo namora descaradamente com o Alentejo.
De vez em quando lá fazemos a peregrinação ao dito manjar. A última foi no passado sábado e eu fiquei encarregue de escrever umas quadras que aqui vão:

Natália e Mina Maria,
Manas lindas de encantar
Detentoras da grande magia:
Cozido, o melhor manjar.

O tempero que dá sabor
E ao cozido dá verdade
Não se mastiga e tem valor
Mas prova-se: é amizade.

Não há nada para contar
Sobre o pecado da gula
Pois quem prova este manjar
De aqui para ao céu logo pula.

Tronchuda, penca, coração
Meu Deus, o que é que houve aqui?
A horta toda no panelão
Couves assim nunca vi.

Mouro, farinheira, morcela,
Orelha, chispe e toucinho,
Grão-de-bico, arroz, vitela,
Do porco: a mão e o focinho.

E quando se vai o dia
Um pouco para “desenratar”
Venha de lá a alegria
Da massinha ver chegar.

A Bimby, tu bem apregoas
Mas sem nos poder convencer
Mina, sabemos que nos perdoas,
Cozido forever. Até morrer!

Beijinhos para as manas e se estiverem de acordo logo trataremos de nova data.


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