As ruas são instantes que entretêm de luz o olhar…



Não fosse a cidade já assim perfeita e ter tanto de paraíso, e até poderíamos pensar que o eléctrico que sobe o Calhariz nos “roubava” a Lisboa para voarmos directos ao céu.
As ruas são instantes que entretêm de luz o olhar silenciando qualquer dor que insista colar-se aos nossos passos, o Tejo corre azul enfeitando o voo das gaivotas de mar e liberdade, e os sinos que a fé semeou pelas colinas cantam alegres o meio-dia ou oferecem o tom á guitarra que desperta os poetas e os convida a estenderem palavras pelas vielas sob a luz clara com que a lua trai a noite…
Lisboa é o céu que nos abraça sem que para tal seja necessário morrer, como tantas vezes por aí se diz.
Sim Victor, e talvez haja mesmo um vendedor de fruta com um rosto bonito e a barba bem aparada, por ali a vender morangos no cimo do Calhariz.

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