Desde que em mim persistam os sonhos…


Desde que em mim persistam os sonhos ninguém nunca conseguirá matar-me.
Às vezes reclino a cabeça à sombra das laranjeiras de Vila Viçosa sob as quais brinquei, e sou na face, no gesto e no pensamento, em tudo… muito mais do que apenas eu e a minha idade; sou a voz que persiste, o canto quente, dolente e rubro do sul com que me beijaram os meus avós.
Rubro de sol e papoilas na festa do trigo em ondas ao vento nas tardes doces de entre Abril e Maio, de entre liberdade e ousadia.
E sobre todos os versos antigos me reinvento em letras e formas de novas canções.
Sempre de encontro a mim, reinventando-me e revendo-me no desenho e no travo especial que reveste os dias.
  

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