Exorcismos, decapitações e o diabo à solta


Acredito em Deus.
Reconheço-O na grandeza do universo, de todos os seres e também do Homem, todos criados com destino à perfeição numa rede complementar e dinâmica em que a “malha” é o amor.
E este amor vive-se pela verdade, liberdade, lealdade, generosidade, respeito, paixão, felicidade…
Não acredito no diabo.
Jamais o reconhecerei em manifestações físicas que traduzem patologias do foro neurológico ou comportamentos histéricos.
É a ausência de amor que mata o plano de excelência que Deus desenhou para o universo. E o Homem, reconheço-o, é um consciente agente activo nessa negação de um “destino” perfeito.
Por tudo isto, acredito que em plena Praça de São Pedro o Papa Francisco colocou as mãos e rezou apelando a Deus o debelar do sofrimento físico de uma criatura. E que o fez com amor… e por amor.
O amor que falta à Europa pelas vias da desigualdade e do desrespeito que mataram a “Velha Terra da Liberdade”.
A Europa desuniu-se ao ritmo da crise financeira do Euro e só quem desconhece a história e os seus ciclos achará estranho o facto de os ministros dos diversos países terem passado de Bruxelas para Berlim as suas magnas reuniões transformadas agora no beija-mão ao Governo Alemão, no exacto momento em que se verifica o eclodir da violência racista e xenófoba em países como o Reino Unido ou a pacifica Suécia.
Berlim foi e será sempre o epicentro da Europa em guerra e a sua reabilitação como capital do Velho Continente coincide com a morte da União. O “egocentrismo” de Berlim é incompatível com a Europa.
A adiada integração dos imigrantes em direitos e deveres foi sucessivamente camuflada pelo dinheiro que não faltava. Mas o barril de pólvora sempre existiu e a crise e a consequente instabilidade veio oferecer-lhe o rastilho para a detonação há muito anunciada. Com o alto patrocínio de Berlim.
Não foi o diabo que criou este momento.
Mais uma vez, foi o Homem que negou Deus e o destino de amor que lhe era oferecido, chegando inclusive ao cúmulo de matar em nome de Deus, na militância de religiões que são cada vez mais as “capas santas” que tapam o ódio entre iguais.
Haja fé e que se reencontre o amor… e Deus.

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