Campeão

Há um pedaço de céu no instante de cada golo; e no mágico impulso que alma me oferece, os braços erguem-se no ar, a garganta solta um grito e o corpo salta matando a idade, os incómodos, os cansaços e todos os demais e racionais detalhes do ser.
Sou Benfica… e se o não fosse não seria eu.
Sou vermelho da cor das papoilas mas muito mais da força do sangue que é o fluir intenso da melhor vida.
Sou uma voz entre tantas vozes no cantar sublime que sempre carrega a vontade, a superação… uma vitória.
Sou um entre milhões na partilha de uma esperança que nunca morre porque mesmo quando a derrota nos faz ajoelhar, sabemos que a genética de campeões imporá o pular para o céu no instante que chegará imediatamente a seguir.
Sou povo muito mais do que tudo ou apenas um clube, assumido plebeu inspirado na força de muitos heróis; Eusébio e Coluna, reis no trono dos grandes e instalados por mérito nos anéis infinitos dos etéreos estádios, bem acima dos panteões de todos os Homens.
Sou águia, ave imperial voando por sobre tudo, por sobre as dores, por sobre a mesquinhez de tantos, e tendo o céu como limite, sempre de encontro ao sonho.
Sou luz brilhando por entre as tardes e as noites de uma cidade perfeita, Lisboa, candelabro de vitória à conquista de todo o universo.
Sou a herança da fé de muitos e a raiz da fé de muitos mais que chegarão para cumprir um destino de eternidade.
Sou raça, garra, querer, amor, vitória, poesia, coração…
Sou Benfica…
E sou Campeão!

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