Os melhores dias da minha vida


O café fumega na caneca, a Bola de Berlim é pequena e tem recheio de morango; lá fora o nevoeiro cobriu o topo dos edifícios mais altos da cidade, e mesmo assim de janelas fechadas tudo indicia uma manhã fria.

Eu sou um ponto mínimo no contexto de um universo infinito, mas o que sinto por ti plantou em mim um universo secreto, perfeito e só meu.

Sorrio.

E vejo-te sorrir também no nosso último fim de tarde junto ao rio por entre a festa imensa do desejo.

O café fumega...

A Bola de Berlim insiste em falar-me de ti e o imenso mundo para lá de mim pouco importa em tudo e na sua dimensão.

E tão pouco importa o nevoeiro se o sol existe nesta esperança de em breve te dar um beijo.

No mundo que semeaste em mim há jardins perfeitos por onde cruzo o tempo contigo naquilo que a sibilina voz de um amigo um dia chamou os melhores dias da minha vida.

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