Altar de cal, ao sul, a nossa casa...



No Alentejo as estradas são rectas que rumam ao céu, caminhos fiéis ao sol de nascente a poente, sem o pecado de quaisquer sombras.
Somos nós com as palavras, e as fontes que correm soltas num delírio de água fresca, que desenhamos as esquinas onde nos sentamos para descansar...
E se calha a vida tingir-se da sorte de uma paixão, entre aquilo imenso que se sente e o sol tão perto que sempre nos abraça, sentimos que o nosso longo caminhar já tem desde logo e afinal, tanto mas tanto do que tem o céu.
Por isso cantamos:

Saí e dei-te alegres os meus passos
No chão do trigo, louro pão, em brasa
Até ao céu perfeito dos teus abraços
Altar de cal, ao sul, a nossa casa.

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