“Há ou à”


Há janelas no teu prédio
Mas à janela tu não estás
Vem cá buscar um remédio
Para esta “coisa” dos “á’s”?

Há couves frescas na praça
Que à panela vão parar
Há a fome que nunca passa
Até à hora de almoçar

À hora de ponta no Chiado
Ali à porta da Brasileira
Há gente por todo o lado
A tomar café “à maneira”

Há que ter sorte para pousar
Numa foto à beira do Pessoa
Há sempre gente a passar
Ah que bom ver-te assim Lisboa

Se tem algo leva agá
O mesmo no imperativo
Se não tem nada vai só o “a”
Com ar solene e altivo

E se já há tempo, com jeito,
Não te esqueças, tu és capaz
Para quê repetir o conceito
E acrescentar que foi atrás?

Não é nada complicado
E nunca mais te vais esquecer
Com agá, verbo haver conjugado
Não tem nada que saber

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O MUNDO MAIS BONITO E CONFORTÁVEL NUM TEMPO A CHEIRAR A FLORES

“Quando mal, nunca pior” ou a inexplicável rendição à mediocridade

TESTAMENTO DE UM ANO COMUM