Eu, irmão de Lisboa.


O Tejo saiu para ir visitar o mar, e no Terreiro, bem junto às colunas do cais, há uma nesga de areal a que não resistimos e entregamos os nossos passos.
E o cais é hoje e assim, um chão que Lisboa atapetou de areia para o regresso do seu amado rio que num só e primeiro abraço a cobrirá dos aromas e de tudo o que o mar tem.
A noite caiu há pouco...
Mas entre a lua e o candeeiro eu encontro a luz que alumia a carta que escrevi para ti e te leio agora.
Um tapete tecido de letras alinhadas para dizer que te amo, ao jeito da areia de Lisboa.
No final damo-nos um beijo por entre um longo abraço.
E o poeta colhe desse instante os aromas e tudo aquilo que a vida tem.
Eu, irmão de Lisboa.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O MUNDO MAIS BONITO E CONFORTÁVEL NUM TEMPO A CHEIRAR A FLORES

“Quando mal, nunca pior” ou a inexplicável rendição à mediocridade

TESTAMENTO DE UM ANO COMUM