A poesia da festa de sermos NÓS


“Lisboa faz diferença”.
Assim comentava Carlos da Maia a João da Ega enquanto desciam ambos o Chiado numa brilhante descrição de Eça em “Os Maias”.
Faz diferença, mesmo, quando numa tarde de primavera e vestida de forma irresistível por um sol intenso, uma cor de tons infinitos e muita gente, eu e o Ângelo descemos o Chiado para uma festa de amigos.
A rua que tem nome de Garrett, que desce do Camões e passa pelo Chiado e por Pessoa na Brasileira, recebeu-nos aos dois com um “Nós” debaixo do braço, livro de palavras e imagens de duas vidas, duas expressões diferentes mas uma mesma e definitiva poesia.
A poesia da terra que pisámos e se fez berço e leito de crescer.
A poesia de romper com os dias inevitáveis que nos ofereciam e ousarmos sonhar ir muito mais além.
A poesia da festa de sermos nós.
A poesia que espalha flores pela vida em todos os dias e nestes momentos especiais em que nos cruzamos à esquina das mais fortes e saborosas cumplicidades.
A cumplicidade das muitas horas doces que foram a raiz deste livro.
A cumplicidade que criou esta tarde em que nos perdemos os dois nos sorrisos e nos abraços dos amigos.
“Lisboa faz a diferença”
E os amigos fizeram a diferença em Lisboa numa tarde que nasceu para ser eterna em nós.
Jamais a esquecerei.
Uma tarde doce e… “chique a valer”, para não fugirmos de “Os Maias”.

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