Jamais te deixarei morrer entre os silêncios
Jamais
te deixarei morrer entre os silêncios, os vazios e calados instantes de onde
sempre te resgatarei por força das palavras de amor que semeias em mim.
Essas
mesmas palavras que acordam comigo em cada madrugada.
Abraçar-te-ei
depois no velório do “mais ou menos”, a casa de onde ressuscitará a esperança
mais fantástica e mágica do universo: a vida nova e boa que sonhamos.
Os
dois, uma casa no campo debruada de amarelo, os castanheiros, as glicínias, as
flores de todas as árvores que chegarão para enfeitarmos a primavera.
Os
cucos que soltarão música do cimo de todas as árvores.
E
a eternidade…
Quem
goza de um amor com a marca de sempre despreza os dias e as horas; aqueles que
como nós são “malta da eternidade” não se preocupam sequer com os incómodos e
dores da saudade.
Há
muito que tomámos o tempo, que o fizemos nosso.
E
eu jamais te deixarei morrer.
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