De repente… um telefonema do paraíso

Adão, ainda estás aí?
A maçã? A serpente?
Não venhas de novo com essa história e arranja algo mais original para justificar o facto de andares nu.
O pecado?
Livra-te dele… se puderes.
Quem te mandou inventar as regras ao teu jeito e depois enobrece-las com o meu distinto rótulo de… divinas?
Cansei-me de te acudir.
A cada grito teu de “Valha-me Deus!”, nunca faltei.
E que me fizeste?
Deste-me mil nomes em mil histórias diferentes a que chamaste religiões, e colocaste-me no altar da tua soberba e da tua conveniência para em meu nome e em nome de uma falsa fé, matar-me, matando os outros Homens.
“Pai-nosso” e uma bomba.
A antítese ou o terrível binómio da tua hipocrisia, quando nuclear teria sido apostares na imbatível energia de saber amar.
“Graças a Deus”.
Pára de me chamar constantemente para a festa da vaidade de quase me teres como um exclusivo no patrocínio do teu sucesso.
“Se Deus quiser”.
Terás tu muito a ver com o que eu quero nesse abusivo vincar do teu objectivo como se fosse o meu e o de toda a humanidade.
Cansei-me… e também não te mando mais profetas.
Milagres?
Fá-los tu que para isso, divina te criei e te dei a vida… e o amor.
Reencontra-os, reencontra-te, e depois sim, vem ter comigo.
Esperarei por ti… no paraíso, claro.

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