As palavras que dizemos um ao outro são detalhes indistintos entre nós e o céu...



As palavras que dizemos um ao outro são detalhes indistintos entre nós e o céu, o racional sobre o silêncio moribundo das hipérboles, palavras que são alpendre e abrigo onde nos sentamos nas tardes solarengas de Natal.
O aroma de sempre do campo, mas o olhar à mercê da alma que o faz doce, o tempo que se esvai sem misericórdia tornando tão breves os quartos cantados pelo campanário, as lembranças que se vestem do tom vivo de festa das laranjas maduras, e o canto feliz da gente de vidas cruzadas em braços dados à melhor sorte.
O tempo foge e contraria-nos nesta festa imensa de querer ficar assim.
O aroma de sempre do campo, o mesmo chão...
Mas o que importa o chão se nós somos do sonho e do céu.
Os dois vestindo palavras doces.

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