A vida que cabe num abraço


Eu caminho contigo no lado correcto da rua, aquele que a liberdade nos sugere por entre a música solta do melhor sabor que têm os dias.
E neste passeio de pedras brancas e negras entrelaçadas para muito mais do que apenas a sorte ou um xeque-mate, nós sabemos que é a vida que nos espera na esquina que mira o Tejo, onde os muros pintados de ocre ou rosa se deixam rasgar felizes pela poesia das buganvílias em delírio de primavera.
A vida que cabe num abraço, espaço exíguo para quem o vê, espaço infinito para quem o desenha e sente por dentro.
Como nós, assim, sobrepondo-nos à melhor sorte e ao ritmo doce dos dias de caminharmos juntos.

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