Entre aquilo que fui e o que sou há uma rua estreita iluminada por um velho candeeiro… dei-lhe o teu nome



Entre aquilo que fui e o que sou há uma rua muito estreita iluminada por um velho candeeiro.
Uma viela de Lisboa a que ofereci o teu nome.
E as janelas da casa aonde eu vivo são altas e ao jeito de tomar pelo olhar o céu; que muito pouco importa a ruína que ficou do outro lado do tempo... e da rua.
Nas noites escuras, quando a lua se esconde por timidez atrás do Castelo e desata e liberta todas as sombras, eu peço ao candeeiro que te acenda o caminho e te acaricie os passos para chegues depressa ao nosso abraço, sem o desperdício de um segundo que seja.
Depois deixamo-nos adormecer por entre as palavras que o sono vai entornando sobre a noite.
E jamais conseguirei dizer quantas vezes nos chamamos "meu amor".

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