No cais...


Trouxemos a lenha nos braços já cansados pelo tempo e o tanto do caminho, e quando descemos para o rio, acendemos uma fogueira ateada pelo muito que nos queremos.
Um abraço.
Conheço bem e de cor todos os recantos e segredos deste modo entrelaçado de estar, identifico todos os aromas, sei onde reclinar a cabeça, entregar o olhar, e sei bem onde beber as palavras que desenharei depois sobre uma simples folha de papel em branco.
Para ti.
Para te ler mais tarde quando as gaivotas já tiverem partido na companhia do pôr-do-sol, e o céu for um muito íntimo instante só entre nós, Lisboa e a lua.
No cais, onde crepitam palavras de um lume infinitamente aceso.

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