É a festa de beijar quem a alma nos diz...

A pele de alguém decalcada sobre a nossa criaria um monstro pelo caos e o desencontro das coordenadas de todos os detalhes da face e do corpo...

Os nossos poros esmagados não sentiriam o ar das madrugadas por detrás de uma Burka, com motivações sociais, mais do que religiosas, de alguém que se condenaria a ser sombra matando as suas cores e a sua identidade.


Mata-se o ser.

É ridículo quem se disfarça fora dos dias de Carnaval; é hipócrita quem se esconde atrás dos biombos, dos outros e das paredes; é uma fraude quem tem vergonha de si e instala fronteiras entre o ser... e o parecer.

E é sempre triste.

No outro dia durante uma tertúlia alguém me perguntou o que é para mim ser feliz, e porque é que eu me sinto e escrevo tantas vezes que estou feliz.

Pergunta difícil?

Não. Nem sequer é incómoda.

Afinal de contas ser feliz é apenas deixarmo-nos acontecer no conforto de não ter segundas peles e não ter fronteiras.

É a festa de beijar quem a alma nos diz.

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